Prof. Gláucio Moro
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...existe a imagem. A câmera é a ferramenta que comunica a imagem. E uma única imagem tem o poder de informar e modificar ambientes, complementar histórias, lugares e criar pensamentos. A imagem do nosso papel de parede em um smartphone, exprime e comunica traços da nossa personalidade, dos nossos gostos, do nosso temperamento naquele período.
Flusser, (1985, p.7), diz:"O caráter mágico das imagens é essencial para a compreensão das suas mensagens. Imagens são códigos que traduzem eventos em situações, processos em cenas. Não que as imagens eternalizem eventos; elas substituem eventos por cenas. E tal poder mágico, inerente à estruturação plana da imagem, domina a dialética interna da imagem, própria a toda mediação, e nela se manifesta de forma incomparável."
No início do cinema, linguagens cênicas eram emprestadas para a concepção e criação das obras, pois os procedimentos técnicos próprios para a linguagem cinematográfica ainda não haviam surgido, estavam em desenvolvimento. Não existiam estilos de narrativas, tampouco enquadramentos, planos e ângulos de câmera; o teatro e a ópera, exemplos iniciais inspirados para essas produções, possuem conceitualmente apenas uma única “tomada de câmera”, que é o palco onde o espectador assiste a peça.
David Griffith foi quem primeiro notou as relações de distância que poderia haver entre os planos. Estudando melhor essas noções, produziu uma série de testes que iam desde o já conhecido plano geral até os Close-Ups. Ele notou que dependendo da distância que dava para cada plano que gravava, criava uma relação “emocional” nas cenas.
O que seria?
O que o nosso olho vê? Nosso olho captura imagens semelhantes a de uma câmera.
Lentes de 50mm angulares são as mais próximas ao olho humano